Literatura | O Almanaque de Lia

Literatura

O Almanaque
de Lia
Luís Dill

O Almanaque de Lia

Rogério fica paralisado diante de uma tragédia, mas um pen drive da vítima acaba sendo lançado até o seu pé e desperta seu interesse.

Sobre a obra

O inesperado anda à espreita, e quando chega, quase sempre vem para transformar nossos destinos. Naquela manhã, quase igual a todas as outras, Rogério desconhecia esses enredos da vida, até que seu olhar cruzou com o daquela moça distraída que passava por ele…


O atropelamento de Lia foi o inesperado que deixou os pertences da garota espalhados pela rua, em especial aquele pen drive atirado aos pés do rapaz.


Pronto! Desse jeito, começa a ser tecida uma história repleta de encontros e desencontros entre esses jovens.


Venha conosco desvendar esses caminhos, muitos deles traçados pelo mundo de uma tecnologia capaz de unir, de um jeito ou de outro, a vida de pessoas diferentes.

Conheça os autores de O Almanaque de Lia

  • Luís Dill

    Luís Dill nasceu em Porto Alegre (RS) em 1965, é formado em Jornalismo na PUC-RS, e possui mais de 30 anos de carreira. Nesse percurso, publicou mais de 60 livros, entre literatura infantojuvenil e adulta, tanto em prosa como em poesia. Recebeu prêmios importantes, como Açorianos, Biblioteca Nacional, Flipoços e Livro do Ano da Associação Gaúcha de Escritores. Quatro de suas obras foram finalistas do Jabuti, sendo uma delas o livro 80 degraus.

  • Carla Chagas

    Carla Chagas nasceu em Recife (PE), em 1978. Formou-se em Publicidade e Propaganda na UNIFOR, em 2001 e fez a pós-graduação em Design na UFPE, em 2002. Atualmente, Carla trabalha de forma autônoma e começou recentemente a fazer projetos gráficos para livros. Seu trabalho consiste em investigar e instigar novas ideias que expressem a verdade de cada projeto através de uma criação autêntica.

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A formação do leitor literário

A cultura digital marca forte presença na realidade da sociedade brasileira. Mesmo aqueles que não têm ou têm pouco acesso aos serviços franqueados por essa cultura estão, geralmente, informados de sua existência, cujas implicações vivenciam cotidianamente, de forma mais direta ou indireta.


Se, desde a primeira página, O almanaque de Lia se apresenta como um romance juvenil contemporâneo, por sua forma de situar os personagens em relação aos artefatos tecnológicos, é a partir do momento em que Rogério abre o pen drive que o livro se torna uma espécie de objeto híbrido, pois, sendo indiscutivelmente analógico, passa a nos contar e a nos mostrar, inclusive graficamente, experiências do mundo digital.


Imersa nesse oceano plural, a vida de Rogério transcorre entre a casa, a escola e o trabalho. Nesses ambientes, as experiências às quais é exposto resultam em uma série de tensões e conflitos que demandam decisões de maior e menor gravidade. Algumas delas, como ficar com o pen drive de Lia e abrir os arquivos contidos nele, são embates solitários, em que o garoto precisa definir quais são seus valores, sem que haja, ao menos de forma imediata, consequências negativas, como repreensões e punições, ou consequências positivas, como elogios e recompensas.


O romance O almanaque de Lia oportuniza ao leitor experiências capitais de ordem estética, linguística, filosófica, sócio-histórica e de entretenimento, todas salutares à sua formação enquanto leitor-fruidor contemporâneo, à medida em que o expõem a contextos diversos em relação aos quais é chamado a participar, do cerne de sua própria vivência, na construção dos sentidos do texto, ampliando seu repertório cultural e aprofundando as interações com aspectos cruciais da cultura letrada, em particular, a cultura digital.

Na estante: gênero e tema

O almanaque de Lia é uma obra inserida no tema “Cultura tecnológica e digital no cotidiano do adolescente”, pois tem como base as relações que Rogério estabelece com os avanços tecnológicos, bem como as interações construídas por meio da cultura digital e os vínculos que podem ser criados no entrecruzamento dos mundos real e virtual.

 

Consequentemente, os conflitos da adolescência são um tema presente na obra, pois a narrativa trata das relações pessoais, sociais e virtuais de Rogério, passando pela descoberta de uma paixão que vai se consolidando a partir da leitura dos arquivos de um pen drive e pelo embate ético que ele vivencia ao ler, sem autorização, os arquivos salvos no dispositivo.


Nesse ponto, há um elo entre os dois temas, já que o livro permite questionarmos as fronteiras entre o público e o privado na cultura digital. Há, ainda, outros conflitos pelos quais o protagonista passa, como as tensões familiares geradas pela dificuldade que seu pai tem de encontrar um emprego formal e a relação com seu colega de escola.


Esse caráter híbrido da obra se caracteriza também pela mescla de gêneros textuais, e isso aparece logo no título. A palavra “almanaque” refere-se a um tipo de publicação surgido na Baixa Idade Média (séc. XIV), que oscilou ao longo dos séculos entre o erudito e o popular. É caracterizado por discorrer, em geral superficialmente, sobre assuntos variados (política, história, geografia, literatura) ou sobre uma área em particular (almanaque gastronômico, por exemplo). Assim, ao ser intitulado almanaque, o romance de Luís Dill indica filiação a uma história relativamente jovem, extensa, de manuseio criativo, de um gênero que nasceu parodiando a si mesmo.


Cabe, ainda, ressaltar que tudo isso se dá de forma ancorada ao universo virtual e remete à cultura digital e tecnológica no cotidiano do adolescente. Perfaz-se, portanto, O almanaque de Lia como um todo multissemiótico, reforçado, inclusive, por seu projeto gráfico, que favorece a obra como ferramenta à disposição dos multiletramentos necessários à leitura da contemporaneidade.

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